segunda-feira, 12 de julho de 2010
ZUMBIDO E HIPERTENSÃO
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia da UNIFESP, em 2003, encontrou estreitas relações entre a hipertensão arterial sistêmica e a presbiacusia(perda auditiva associada ao envelhecimento que acarreta um prejuízo no julgamento e na atenção auditivos).
Estudos anteriores propunham que a perda auditiva era justificada por uma insuficiência microcirculatória devido à oclusão vascular por embolia, hemorragia ou vasoespasmo e que estes seriam produto de uma síndrome de hiperviscosidade ou microangiopatia desencadeada por diabetes ou hipertensão, concluindo que a hipertensão poderia através desses fatores provocar perda de audição sensorioneural.
Entre indivíduos acometidos ou não pela hipertensão, ao contrário do que era esperado, não houve diferenças significativas no grau de perda auditiva e sim no tipo de perda auditiva. Verificou-se ainda que a queixa do zumbido entre pessoas não hipertensas era maior.
O zumbido, geralmente associado à perda de células ciliadas da cóclea, é considerado um sintoma e não uma doença e seu mecanismo etiológico ainda é incertos. Alguns estudos apontam que este sintoma pode ocorrer em conseqüência de uma atividade neural alterada, devido a uma lesão ou disfunção em qualquer nível do sistema auditivo. È importante ressaltar que os idosos hipertensos que participaram do estudo poderiam não apresentar o zumbido porque estavam sob o uso de medicamentos que controlavam a hipertensão.
O estudo concluiu que a hipertensão não é a causa da perda de audição, mas quando associada à idade pode agravar o quadro de deterioração do sistema auditivo.
Referência bibliográfica:
http://www.scielo.br/pdf/%0D/rboto/v70n5/a10v70n5.pdf
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