NUTRIÇÃO E O ENVELHECIMENTO
Assim como o exercício físico, já citado em um post anterior, modificações nos hábitos alimentares podem melhorar a qualidade e a expectativa de vida de qualquer indivíduo. Uma alimentação adequada pode ser extremamente relevante na promoção, manutenção e recuperação da saúde de pessoas idosas, podendo atenuar as várias mudanças decorrentes do processo do envelhecimento. A população idosa necessita de um acompanhamento nutricional específico, tendo em vista a variedade de alterações fisiológicas, psicológicas, econômicas e sociais que atingem tal faixa etária, podendo afetar de maneira prejudicial o seu status nutricional.
Diversas mudanças decorrentes do envelhecimento podem levar o idoso a uma ingestão nutricional deficiente, como a diminuição das papilas gustativas, da secreção salivar, da secreção enzimática, do olfato, dos movimentos gastrointestinais; dificultando, assim, a mastigação, deglutição, digestão dos alimentos e a posterior absorção dos nutrientes. O uso de múltiplos medicamentos também pode interferir no estado nutricional do idoso.
Sabe-se também que a deficiência de minerais, proteínas e vitaminas pode acarretar um enfraquecimento do sistema imunológico de tais indivíduos, que se tornam mais susceptíveis a ação de agentes infecciosos. Por exemplo, a deficiência severa de tiamina pode resultar em encefalopatia e a deficiência protéico-calórica pode provocar redução de linfócitos e alterações na hipersensibilidade cutânea.
O enfraquecimento do sistema imunológico e o envelhecimento podem ser associados também à formação de radicais livres, cuja ação pode estar relacionada ao aparecimento de manchas pigmentadas na pele, rugas precoces, catarata e artrite, por exemplo. Além disso, uma alimentação inadequada, com elevada ingestão de alimentos ricos e gordura e baixa ingestão de cereais integrais, frutas e hortaliças, pode ser relacionada ao aumento da produção de tais radicais prejudiciais ao organismo. Deve-se ressaltar também a presença de substâncias antioxidantes presentes em compostos alimentares, como o betacaroteno, as vitaminas C, E e do complexo B, além do selênio, zinco, magnésio e cobre.
Portanto, o indivíduo idoso deve se preocupar bastante com a sua alimentação, tendo um devido acompanhamento de profissionais qualificados e ingerindo, dentre outros, alimentos ricos em fibras, que possam auxiliar o bom funcionamento do intestino e também prevenir doenças cardiovasculares; alimentos ricos em proteínas, que atuam no reparo, construção e manutenção dos tecidos; alimentos ricos em compostos com grande potencial antioxidante, além de alimentos ricos em cálcio, fósforo e vitamina D, responsáveis pela manutenção da saúde óssea. Assim, há a tentativa de reduzir a incidência de doenças, amenizando as alterações fisiológicas características dessa idade e permitindo que tais indivíduos possam viver com mais qualidade.
Bibliografia:
http://www.centrodeestudos.org.br/pdfs/envelhecimento.pdf
http://www.fef.unicamp.br/departamentos/deafa/qvaf/livros/alimen_saudavel_ql_af/alimen_saudavel/alimen_saudavel_cap19.pdf
http://www.nutraceutica.com.br/saudenamaturidade/Material_Medico_Suprinutri_Senior.pdf
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